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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

TERCEIRIZAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

Rosemeri da Silva Paixão: Artigo apresentado como Trabalho Final de Curso de Administração da UNIGRANRIO no 2º semestre de 2005.

RESUMO
Este trabalho apresenta uma metodologia que visa tornar mais eficiente e confiável o processo de terceirização nas organizações, tendo como base à bibliografia disponível (suporte teórico) e os casos práticos estudados e analisados na empresa Aerojet. Utilizando estes critérios, a proposta metodológica desenvolvida contribui para que sejam tomadas, de forma mais adequada, as decisões que envolvem o processo de terceirização. As decisões do processo de terceirização de produtos pelo prestador de serviço de terceirização são caracterizadas por três etapas básicas: (1) as vantagens de prestar o serviço de terceirização de produtos; (2) como prestar o serviço de terceirização de produtos, que possa vir a ser considerado um bom negócio; e ainda, (3) avaliar periodicamente a satisfação do cliente e o fornecedor escolhido. Para a tomada de decisão em cada caso, utiliza-se uma rotina única para todas as situações. Nesta rotina, são realizadas várias análises, e envolvem-se todos os níveis de decisão da organização para que o processo de terceirizar seja realizado com sucesso.

Palavras-Chave: Qualidade; Terceirzar; Produção.


ABSTRACT


This work presents a methodology that it aims at to become more efficient and reliable the outsourcing process in the organizations, using the available bibliography and practical cases in the Aerojet company as reference. The methodology developed contributes so that the decisions, that involve the outsourcing process are taken in adequate way .The decisions of outsourcing process of products for the lender of outsourcing service are characterized by three basic stages: (1) the advantages to give the service of outsourcing of products; (2) as to give the service of outsourcing of products, that can come to be considered a good business; and still, (3) periodically to evaluate the satisfaction of the customer and the chosen supplier. In each case, for the taking of decision, an only routine is used for all the situations. In this routine, some analyses are carried out, and involved all the levels of decision of the organization in order to the outsourcing process will be carried out successfully.

Keywords: Quality; Outsourcing; Production.


INTRODUÇÃO
O presente trabalho irá analisar um caso de uma empresa que fornece produtos e serviços de terceirização que é definida por Chiavenato (1999a, p. 415) “como a contratação de terceiros para executar parte ou totalidade de determinadas funções da organização” ou seja, a empresa delega a terceiros a responsabilidade de realização de determinadas atividades relacionadas ao seu processo produtivo, para concentrar-se naquelas atividades em que mais tem competência.
A empresa que será estudada desenvolve uma metodologia que permite encontrar parceiros para o processo de fabricar produtos, que em muitas vezes são seus próprios concorrentes e, mesmo assim a empresa está preocupada com o custo e a qualidade dos produtos que fabrica para seus clientes. Ela é reconhecida no ramo como sendo uma especialista na produção e uma consultora na execução dos serviços prestados.
Escolher o parceiro certo para o desenvolvimento de um produto não é fácil, é preciso uma grande pesquisa para esta escolha, pois o prestador deste serviço terá que ter grande conhecimento e capacidade produtiva para se responsabilizar em fabricar um produto que pertence a terceiros, já que ele será o transformador da imagem do produto da empresa contratante, e este produto refletirá a imagem da empresa no mercado.
O estudo de caso será na empresa Aerojet Química Industrial (Aerojet), uma empresa familiar que foi fundada pela Sra. Aspasia Christos Giokari em julho de 1965, tendo suas atividades voltadas a envasamentos de produtos cosméticos, industriais, automotivos e de festas, especialmente aerossóis e prestação deste serviço a terceiros. Mesmo possuindo uma marca própria (Aspa Cosméticos), a Aerojet passou a prestar serviço de terceirização visando o aumento da necessidade de envasamento de produtos em aerossol no mercado, aumentando assim a sua produtividade para poder atender as diversas necessidades dos clientes.
Os dois (teoria e caso) se associam devido a Aerojet ser uma empresa voltada à terceirização de produtos e por se preocupar com seus clientes, sendo responsável pela qualidade dos produtos, tendo pessoas especializadas que auxiliam no lançamento do produto no mercado, prestando assim consultoria a seus clientes.
Este estudo de caso sobre terceirização se difere, da maioria dos trabalhos sobre o tema, pelo foco do estudo estar no caso de uma empresa que fornece os produtos e serviços terceirizados e não na empresa cliente. Tal perspectiva permite realçar as motivações e vantagens para a empresa fornecedora de serviços e produtos para o cliente que pretende terceirizar parte de suas atividades. Esta pesquisa, portanto, segue na contramão das freqüentes teorizações sobre o tema terceirizar, que costuma avaliar esses aspectos considerando o ponto de vista da empresa cliente.
O objetivo desse trabalho é demonstrar como a fabricação de produtos para terceiros, pode ser também lucrativo para empresas que detêm know how e maquinários que estão sem uso e assim poder transformá-los em um ativo imobilizado que gere lucros para a empresa. O trabalho pretende também analisar as vantagens e desvantagens de empresas produzirem para terceiros e o porquê a empresa analisada se propõe a se ingressar no ramo de terceirização de produtos. Originando, assim, as motivações que viabilizam a decisão de prestar este serviço.
Pretende-se demonstrar o que faz uma empresa confiar a fabricação dos seus produtos a terceiros e o que faz uma empresa ser prestadora de serviços e produzir para a empresa cliente, tendo que ser responsável pela qualidade e auxiliando na redução de perdas para o contratante, cumprindo os prazos de entrega dos produtos.
A metodologia contribuirá para saber os critérios para escolha dos parceiros que irão satisfazer as necessidades de conveniência da empresa contratante e contratado, alcançando um relacionamento em que se chegue a uma verdadeira parceria entre contratante e contratado.
Para as empresas que desejam investir nessa tendência do mercado, que é a terceirização, ela pode ser usada como uma ferramenta para driblar os riscos externos. A terceirização pode ser, inclusive, uma boa saída para as empresas que obtém maquinários obsoletos pela falta de demanda de seus produtos, utilizando a alternativa de fabricar produtos com a marca de seus clientes.
Visto que empresas que fornecem este serviço detêm o know-how para estes processos. A terceirização se justifica pela obtenção dos resultados positivos, se tiver parceiros que de fato detenham mão-de-obra altamente qualificada para que consiga um produto final bem acabado, obtendo um menor custo e com melhor qualidade, em relação quando executado pela contratante.
Este tema da terceirização tem sido bastante pesquisado sob o ponto de vista da empresa que contrata este serviço. Entretanto, este projeto de pesquisa está na contramão dessa corrente, já que propósito é estudar o tema na perspectiva da empresa que fornece esse tipo de serviço. Esse ponto de vista ainda carece de informações, esta pesquisa pode contribuir neste sentido.


DESENVOLVIMENTO
O termo Outsourcing (Out=fora; Source=fonte, fonte externa), conhecido no Brasil pela palavra terceirização que se refere também a uma situação alternativa em que a empresa identifica a necessidade de uma atividade nova, no entanto, decide pelo desenvolvimento desta atividade por um fornecedor, ao invés de desenvolve-la e incorpora-la ao seu processo.
Segue abaixo algumas definições dadas pelo SGT11 Saúde/Comissão de Produtos para a Saúde/Grupo Ad Hoc de Cosméticos de acordo com o artigo 1°, demonstrado por Trevissan (2005 p.26):
Empresa Contratante: empresa titular do produto, que contrata serviços de terceiros, responsável por todos os aspectos legais e técnicos vinculados com o produto e processo objeto da terceirização;
Empresa Contratada: empresa que executa etapas de fabricação ou fabricação total de produtos, co-responsável pelos aspectos técnicos e legais inerentes à atividade objeto da terceirização. Chamada de empresa terceirista.
Fabricação/Manufatura: todas as operações necessárias para a obtenção dos produtos contemplados pela legislação sanitária vigente;
Produção/Elaboração: operações envolvidas a reparação de determinado produto desde o recebimento dos materiais, processamento, embalagem, até a conclusão do produto acabado/terminado;
Representante Legal: pessoa que representa a empresa e responde administrativamente, civil, comercial e penalmente pela mesma.
Responsável Técnico / Diretor Técnico / Regente: profissional legalmente habilitado pela Autoridade competente para exercer a responsabilidade técnica das atividades desenvolvidas pela empresa e reguladas pela legislação sanitária vigente.


Terceirização de Produtos

De acordo com Giosa (1993) a terceirização não é uma técnica só aplicada nos dias de hoje, ela vem crescendo desde o início da II Guerra Mundial, com as indústrias bélicas, que se concentravam na produção de armamentos, e faziam isso como empresas produtoras de serviços mediante a contratação.
Mas o que vem a ser terceirização de produtos industrializados? De acordo com Giosa (1993), este conceito vem evoluindo com o tempo, com a horizontalização das organizações, onde as empresas passaram a se concentrar em suas atividades fins e a deixar para terceiros as operações que pudessem ser delegadas a empresas que tivessem no mínimo o mesmo nível de qualidade ou superior, para a realização de tarefas que eram realizadas internamente.

“Terceirização ou outsourcing pode ser definida como a contratação de terceiros para executar parte ou a totalidade de determinadas funções da organização. Na realidade, trata-se de uma transferência de atividades de uma organização para outra [...] que passam a ser fornecedores. [...] substituindo-se custos fixos por custos variáveis e efetuando-se desinvestimento em ativo fixo” (CHIAVENTO 1999a, p. 415)

De acordo com Trevisam (2005, p.26) a terceirização é a contratação de serviços de terceiros para a execução de etapas de fabricação ou fabricação total de produtos.
As atividades terceirizadas podem conduzir a um maior controle da qualidade, à redução dos desperdícios e retrabalho, tornando a empresa mais competitiva para enfrentar os desafios cada vez maiores da era contemporânea, em meio à globalização econômica (GIOSA, 1993).
A abertura comercial, significativa, no Brasil pode ter causado conseqüente aumento da competição no mercado interno, alterando o perfil das micros e pequenas empresas brasileiras. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae de acordo com o site Diário do Nordeste, com 1,5 mil indústrias envolvidas em operações de subcontratação, revela que em vez de fabricar o produto final, 69% das micros e 26% das pequenas empresas passaram a produzir e fornecer peças, componentes, subconjuntos e serviços técnicos para uma outra empresa, responsável pela finalização dos produtos.


Seleção do Parceiro

A seleção da parceria deve ser muito avaliada, para tanto deve se estabelecer uma relação de muita confiança e solidez. Ambas precisam estar em sintonia, ou seja, devem ter os mesmos objetivos e metas pré-estabelecidas. Muito embora tenham papéis diferentes no que fazem. Mas devem querer atingir o mesmo resultado.
O resultado alcançado é partilhado como se fosse uma sociedade, onde a igualdade de decisões deve ser respeitada e a hierarquia abolida.
A troca de parceiros de uma organização se dá por muitos motivos e o principal é a insatisfação do serviço prestado. A contratada pode vir a falhar em muitos aspectos como: falha na entrega, má qualidade nos produtos ou serviços ou até mesmo a confiabilidade que foi passada a contratante e que não está sendo mais cumprida.


Desvantagem da terceirização

Prestar o serviço de terceirização de produtos, dá a empresa contratada à responsabilidade de demonstrar as vantagens deste tipo de serviço prestado, mas mesmo que estas empresas tentem enumerar estas vantagens, ha sempre o lado negativo para este serviço.
A terceirização pode trazer alguns riscos. A organização abre mão do controle sobre a atividade, visto que o produto é do contratante. Ela fica à mercê dos clientes externos. O produto ou serviço produzido internamente se transforma em produto acabado a ser adquirida pelo contratante que às vezes que exigir demais ao terceirista. (CHIAVENATO, 1999a).
Ao terceirizar parte da produção a empresa que contrata o serviço “a divisão do trabalho é transferida para além das fronteiras da organização. O segredo é ponderar as vantagens e os riscos decorrentes da terceirização”. (CHIAVENATO, 1999a, p. 416).
Problemas externos também podem causar atrasos na entrega do produto ao contratado, e se o terceirista não estiver atento a estes problemas pode perder clientes.
Se o contratado também produz para si mesmo, ele deve estar atento aos problemas com a capacidade de produção, pois se a demanda de produtos for maior que a oferta de disponibilidade para produzir dentro da empresa do contratado, este problema poderá acarretar a perda do cliente.
À medida que há uma crescente evolução na globalização, aonde o mercado vem exigindo cada vês mais produtos altamente qualificados e com as crises que vêm acontecendo durante essas mudanças, torna-se primordial para uma empresa se apegar àquilo que ela faz de melhor, concentrando suas energias para atuar em processos que irão trazer resultados reais.

Na avaliação do Sebrae, muitas das micros e pequenas encontraram na subcontratação uma fórmula eficaz para sobreviver criando alianças estratégicas.

“Algumas empresas enfrentam uma demanda em declínio e vêem poucas possibilidades de crescimento. Outras, porém, estão criando novas soluções para os novos problemas dos consumidores [...] estão encontrando formas de oferecer ‘mais por menos” (KOTLER E ARMSTRONG, 2004, p. 15)

Podem ser enumeras as razões para que uma empresa preste o serviço de terceirização de produtos:

“São três as justificativas para a terceirização. Em primeiro lugar, o argumento de custo. As economias de escala permitem que as organizações sejam capazes de fornecer determinadas atividades especializadas com custos unitários mais baixos. Em segundo lugar, o argumento de qualidade. As organizações fornecedoras de determinadas atividades especializadas podem faze-lo de maneira melhor. Uma organização que pretende realizar todas as coisas diferentes ao mesmo tempo jamais conseguirá fazê-lo com qualidade adequada. Em terceiro lugar, o argumento do core business. O core business de uma organização representa suas atividades essenciais ligadas diretamente à sua missão e objetivos organizacionais” (CHIAVENATO, 1999a, p. 415)

Uma das grandes vantagens da prestação de serviço de terceirização de produtos são os impostos para o terceirizado, quem presta o serviço fica isento do IPI (Imposto sobre produtos Industrializados), de acordo com Código Fiscal de Operações e Prestações – CFOP – disponibilizado no site do Portal da Receita, Finanças e Controle do Estado do Rio de Janeiro, o IPI fica a cargo de quem é o fabricante do produto e não de quem está prestando um serviço de fabricação. Segue abaixo as classificações:

- CFOP - 1.900 – Outras Entradas de Mercadorias ou Aquisições de Serviços:
- CFOP - 1.901 – Entrada para industrialização por encomenda: Classificam-se neste código as entradas de insumos recebidos para industrialização por encomenda de outra empresa ou de outro estabelecimento da mesma empresa, neste caso está isento do ICMS e o IPI;
- CFOP - 1.902 – Retorno de mercadoria remetida para industrialização por encomenda: Classificam-se neste código o retorno dos insumos remetidos para industrialização por encomenda, incorporados ao produto final pelo estabelecimento industrializador, neste caso apenas o ICMS incide sobre o valor do produto, sem IPI.
- CFOP - 1.903 – Entrada de mercadoria remetida para industrialização e não aplicada no referido processo: Classificam-se neste código as entradas em devolução de insumos remetidos para industrialização e não aplicados no referido processo, neste caso está isento do ICMS e o IPI.

Esta vantagem pode ser de grande proveito ao terceirista que além de aproveitar o tempo ocioso que sua máquina possa ter sem que fabrique seu próprio produto, ele pode usar desta vantagem de terceirista para se livrar de alguns impostos mesmo que esteja produzindo.
Uma pesquisa feita pelo Sebrae, conforme o site do Diário do Nordeste (2000), para 40% as empresas contratantes, a maior vantagem do sistema é não precisar contratar funcionários especializados, nem investir em máquinas e equipamentos. Outros 19% optam pelo sistema para reduzir custos gerais, garantir maior lucratividade e rapidez de produção, mas para o contratado que já está acostumado com este tipo de serviço e que dispõe de maquinário, estes possivelmente não seriam um grande problema.


A terceirização em atividade de assessoria

Algumas organizações não agregam valor aos seus produtos e serviços, quando isso acontece às organizações adotam a terceirização como alternativa, contratando uma empresa prestadora de serviços que faz um levantamento no foco da empresa para chegar a uma conclusão sobre o que terceirizar.

“Muitas organizações preferem concentrar-se exclusivamente no seu core business, transferindo para outras organizações as atividades não-essenciais que estas poderiam fazer melhor e a custo mais baixos. Isso significa livrar a carga de supervisão e diminuir a amplitude de atividades organizacionais diferenciadas, reduzindo o leque de múltiplas atenções do nível institucional e permitindo à organização dedicar-se exclusivamente às suas atividades essenciais”. (CHIAVENATO, 1999a. p. 415)

A terceirização dentro da linha de produção, nada mais é que, os produtos ou acessórios que a empresa fabrica ou monta, em um determinado espaço físico localizado dentro da empresa ou não, ou até mesmo com a limpeza de suas máquinas bem como a manutenção.
Já fora do ambiente de produção no ambiente externo, o transporte, a entrega, de peças ou até mesmo de máquinas, a jardinagem da fábrica e o serviço de limpeza de todos os setores, e bem como a parte da segurança.
Onde, toda atividade exercida pela empresa, todos os setores, e o local de todo o processo da empresa, bem como: fabricação ou montagem do produto, o local de armazenamento e o controle dos produtos, o transporte e a entrega do produto, todas as máquinas envolvidas na fabricação, à parte de segurança da empresa ou até mesmo a escolta do produto até o cliente.


A decisão de manter ou não a terceirização

A empresa contratada para a fabricação do produto tem uma grande responsabilidade ao produzir, visto que, o produto reflete a imagem da empresa contratante no mercado. Dentro desse contexto, o processo da terceirização deve ser periodicamente avaliado para se verificar se o mesmo está atingindo os objetivos esperados. Essas avaliações dão base na tomada de decisão da empresa contratante no que diz respeito a decidir se mantém ou desfaz o processo com a empresa contratada. Daí a necessidade desta última atender e superar as exigências, objetivando a manutenção e até, a inclusão de novos produtos no processo da terceirização.
Para a empresa iniciar a prestação da terceirização de produtos com eficácia, esta deve ter o conhecimento das diretrizes e critérios claros para que o objetivo seja alcançado, temos algumas relacionadas, como: o produto a ser produzido pode ser um que se exija alto grau de especialização de funcionários ou um avançado maquinário, ou ainda, pode ser um produto onde as atividades sejam secundárias ao negócio central da empresa contratante.
Criação de parceiros é fundamental para a empresa, para isso é importante que a mesma possua experiência na execução da atividade, com quadro de profissionais capacitados para demonstrar segurança. E para a manutenção dos parceiros é necessário manter a qualidade na produção dos produtos igual, ou melhor, do que era produzido pela própria empresa (Giosa, 1993).


Diretrizes para terceirização

A diretriz é o conjunto de instruções ou indicações para se levar a termo um negócio ou uma empresa e o objetivo de qualquer empresa é satisfazer o mercado, sem compreender o mercado, fica quase impossível uma empresa sobreviver, para Slack, Chambers e Johnston (2002), os objetivos de desempenho ajudam a tornar uma empresa competitiva, pois formam os cinco tipos de providências que uma empresa precisa tomar para contribuir com a competitividade que são: qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo.
Estes objetivos devem perseguir os produtos e os serviços para satisfazer o cliente e em todos esses a qualidade tem o seu papel principal em relação ao atendimento, os produtos e o custo dos produtos, a abordagem da qualidade baseada no valor defende que a qualidade seja percebida em relação ao preço (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).
A “qualidade é a capacidade do produto de desempenhar suas funções. Inclui sua durabilidade geral, confiabilidade, precisão, facilidade de operação e de consertos, e outros atributos valiosos” (KOTLER E ARMSTRONG, 2004, p. 192). Mas não só as diretrizes descritas acima elevam o sucesso da organização:

“Para mobilizar e utilizar plenamente as pessoas em suas atividades, as organizações estão mudando os seus conceitos e alterando as suas práticas gerenciais. Em vez de investirem diretamente em produtos e serviços, elas estão investindo nas pessoas [...]. Em vez de investirem diretamente nos clientes, elas estão investindo nas pessoas que os entendem e as servem e que sabem como satisfaze-los e encanta-los. As pessoas passam a constituir o elemento básico do sucesso empresarial” (CHIAVENATO, 1999b, p. 4)


As pessoas são a vida de uma organização, saber fazer com que elas entendam o objetivo organizacional e fazer com que a organização ajude as pessoas a alcançarem seus objetivos pessoais, faz com que haja uma sinergia constante em melhoria e desenvolvimento organizacional, as empresas que hoje estão atentas a este diferencial que são as pessoas, passam a ser mais competitivas. Sendo assim, para que uma empresa que presta serviços de terceirização, ter pessoas comprometidas pode ser tornar também um diferencial.


Critérios para terceirização

Os critérios serão o princípio que se toma como referência para emitir uma apreciação, conduzir uma análise e de acordo com Slack, Chambers e Johnston (2002 p.97): “À medida que o volume dos produtos e serviços cresce, os concorrentes começam a desenvolver seus próprios produtos e serviços [...]. Acompanhar a demanda pode ser a principal preocupação [...]”. Visto que para prevermos esta demanda é preciso termos conhecimento dos concorrentes, pois estes poderão ser os futuros clientes.
Ser criterioso com processo de terceirização faz com que os produtos saiam da empresa com qualidade, pois a satisfação do cliente é ligada à qualidade, a percepção imediata desta qualidade é muito importante. “A satisfação do cliente depende do desempenho do produto percebido com relação ao valor relativo às expectativas do comprador”. (KOTLER E ARMSTRONG, 2004, p. 6). Sendo assim, para os autores se o desempenho faz jus às expectativas, o comprador fica satisfeito.
Na terceirização, de produtos industriais, tem que haver um bom planejamento estratégico da produção para prever a demanda e atende-la sem que possa atrasar a produção do cliente, de acordo com Tubino (2000), deve-se assim formular planos, direcionar as ações dos recursos humanos para que as pessoas auxiliem nas funções dos sistemas de produção e principalmente prever a capacidade de produção que é o fator físico limitante do processo produtivo, se a empresa está preparada para prestar serviço de terceirização ela deve se planejar a tempo, antes mesmo que o pedido chegue, consultando o cliente e pedido um planejamento antecipado da produção.
Para que haja uma sinergia entre contratante e contratado, sem que haja problemas com desentendimentos, é preciso que ambos formalizem um contrato para que possam identificar suas responsabilidades, este por fim, é de vital importância de acordo com Trevisan (2005, p. 26) “o contrato é o documento devidamente legalizado em cada Estado Parte que estabelece o vinculo entre as empresas envolvidas nas atividades objeto”, sendo este necessário para que os órgãos regulamentadores possam analisar o vínculo de parceria entre as empresas.


METODOLOGIA

Case: Aerojet Química Industrial


O caso a ser estudado estará apresentando a empresa Aerojet como uma referência de como manter uma empresa competitiva, mesmo quando seus produtos estão tão bem no mercado, utilizando a terceirização como um forte aliado dos problemas cotidianos.
A empresa Aerojet tem suas atividades voltadas para o envasamento de produtos de em aerossol onde a mesma não pensava que iria ter chances de se firmar diante de multifuncionais que dominavam o setor, mas a Aerojet precisava provar que sabia fazer, e partiu para oferecer os seus serviços a outras empresas que vieram a ser seus concorrentes. O seu mix de produtos abrange a fabricação de Cosméticos (laquês, removedores de esmalte, shampoo, condicionadores, secantes de esmalte, silicones para cabelos,...), fabricação de produtos de festas (serpentina, tinturas temporárias para o cabelo,...), fabricação de produtos eletroeletrônicos (limpa contatos eletrônicos...), produtos automotivos (reparadores de pneus, graxa, silicone automotivos, desengraxantes,...).
Foi preparada uma entrevista com o diretor da empresa Aerojet, o Sr. Demetre Christos Giocaris, que respondeu as perguntas referentes ao Apêndice A. Está entrevista busca conhecer melhor, o por que terceirizar, quais as vantagens e as desvantagens deste serviço, dando um entendimento do por que a Aerojet decidiu entrar no ramo da terceirização.
E foi preparada, também, uma pesquisa no Apêndice B que será distribuído aos clientes que contratam os serviços da Aerojet para fazerem seus produtos, que servirá para analisar o porque destas empresas escolherem a Aerojet como prestadora deste serviço de terceirização, onde elas têm que confiar os seus produtos nas mãos de terceiros.


Objetivo de ser terceirista
O objetivo da Aerojet não é só financeiro, serve também para criar fama no mercado, se relacionar com diretores de grandes corporações, tendo como resultado a troca de conhecimento e tecnologia.
Tendo como missão “Produtos melhores para viver melhor, através dos aerossóis”, nesta missão o objetivo de colocar produtos cada vez mais responsáveis em relação ao meio ambiente, até porque o aerossol utilizava o gás CFC (clorofluorcarbono), um gás que prejudicava a camada de ozônio e hoje a empresa utiliza o gás butano/propano, que não trás nenhum mal ao planeta.


Flexibilidade
A empresa tem uma grande flexibilidade de modificar seus produtos como também em desenvolver o produto que o cliente desejar independente dos que ela possui no mercado. Isso se dá pelo grande investimento em maquinários, treinamento do pessoal e seu laboratório de desenvolvimento equipado para atender a necessidade do cliente.
Os clientes da Aerojet, em geral, querem os menores lotes possíveis e entregas em cima da hora, ou seja, o Just In Time, prazos longos de pagamento, e o máximo de garantia possível para o produto final mesmo que eles tenham dado a fórmula ou tenham mandado o produto para apenas envasar. Por isso, a empresa dá aos contratantes diversos meios possíveis para que eles possam escolher a forma que desejam ser atendidos e a forma que eles querem que a empresa manipule seus produtos, visando assim a excelência do produto final e a flexibilidade de poder oferecer os seus serviços a um mercado tão exigente e competitivo.


Especialização

A empresa Aerojet observou que havia empresas que tinham dificuldades de produzir o seu produto e lançá-lo no mercado, empresa estas que não possuem a especialização em envasamentos de produtos em aerossóis. Pensando assim, a Aerojet investiu em mais maquinário para que pudesse atender a demanda de produtos próprios e produtos de terceiros, aproveitando o momento de mudanças mundiais, e começando a conquistar fatias significativas deste mercado.
Para que a empresa pudesse ser tão flexível, ela teria que ter em seu quadro funcional, pessoas especializadas no tipo de atividade que ela exerce, então a Aerojet passou a treinar seus funcionários para que haja qualidade deste o recebimento dos insumos até a entrega do produto final ao contratante.


Responsabilidades

Para a Aerojet, a responsabilidade da terceirização é muito complexa, isso se dá pelo produto final obtido, este deve estar em conformidade com os padrões estabelecidos pela empresa contratada, o que nem sempre é possível, pois os fornecedores também fazem parte desta tarefa, já que devem entregar os insumos em tempo hábil e com qualidade.
Firmar um contrato para cada contratante e de extrema importância, principalmente quando o terceirista atende várias empresas com vários tipos de produtos que acabam recebendo vários tipos de processos de produção. O contrato servirá para que as responsabilidades de cada um sejam claras, pois se houver um insucesso no produto o terceirista possa se respaldar naquilo que foi acordado entre as partes.
Pagnoncelli (1993), diz que “a responsabilidade com o serviço é muito grande para o terceirista, visto que para atende os pedidos ele deve estar atento” em por exemplo: greve de transporte público, greve da categoria, atraso na entrega de insumos, férias coletivas, feriados, etc.
A responsabilidade da empresas contratada deve ser da entrega do insumo até a entrega do produto ao contratante do serviço de terceirização. Sendo assim, o contratado deve ser responsável pelas boas praticas de fabricação, peso, volume, relatórios de início, meio e fim de cada produção.


Vantagens e desvantagens de ser terceirista.

Para a Aerojet a vantagem principal de ser terceirista é a de reduzir o seu custo fixo, ter a oportunidade de desenvolver novas tecnologias em aerossol para várias empresas, aumentando assim a participação sobre o total de aerossóis produzidos no país.
A desvantagem encontrada pela Aerojet é a falta de conhecimento de técnico dos engenheiros das empresas contratantes, pois alguns produtos que eles vendem em embalagens plásticas como: géis, pomadas, cremes... e que querem transformar estes produtos em aerossóis, acabam não compreendendo que esta modificação deve ser bem estudada para que o produto alcance a conformidade e que pressionados pelo departamento de marketing, acabam querendo lançar o produto rapidamente no mercado, acabam não realizando certos testes de estabilidade e compatibilidade.


Entrevista com o Sr. Demetre C. Giocaris da Aerojet
Quando a Aerojet foi fundada no início da década de 60 o ambiente da indústria de aerossol estava apenas nascendo no país.
Os aerossóis eram uma espécie de mágica. Constituíam e ainda constituem a embalagem mais completa e complexa inventada pelo homem por várias razões, entre elas a embalagem não serve apenas para proteger o produto até o momento do consumo, mas também é o seu sistema de aplicação dispensação e uso, parecendo ter vida em si, uma vez que a pressão interna se manifesta ao toque de um simples botão.
Assim Aerojet precisava provar que sabia fazer, e partiu para oferecer os seus serviços a outras empresas que viriam a ser suas concorrentes mais adiante . Presta este serviço por 4 décadas. A firma terceiriza cosméticos, produtos domésticos, produtos de uso automotivo, produtos técnicos, produtos sanitários saneantes e outros.
A vantagem principal de prestar o serviço é reduzir o seu custo fixo, também desenvolver novas tecnologias pioneiras, e aumentar a participação sobre o total de aerossóis produzidos no país.
As dificuldades encontradas são principalmente a falta de conhecimentos técnicos dos engenheiros das outras empresas, que pressionados pelo Departamento de Marketing querem fazer lançamentos de produtos rapidamente sem realizar os devidos testes de estabilidade e compatibilidade.
Os ganhos empresariais são de tornar a firma conhecida no ambiente corporativo pois ela torna-se responsável por uma quantidade de produtos que seus clientes, firmas muito maiores, não tem conhecimentos ou condições de produzir.
O diferencial que a firma oferece é a sua experiência de mais de 40 anos prestando este serviço, o conhecimento das melhores fontes de suprimentos de matérias primas e componentes para o ramo, e sua flexibilidade de mudar de um produto para o outro sem abandonar o foco de Controle de Qualidade da linha oferecendo uma garantia de performance superior ao que o mercado está acostumado em serviços terceirizados.
Aerojet foi a primeira empresa a investir na criação, com muita dificuldade, de uma usina de tratamento de hidrocarbonos alifáticos para substituir os CFCs que estavam atacando a capa de ozônio.
A responsabilidade de uma terceirização é complexa no ambiente empresarial do Brasil, pois as leis tendem a ser contraditórias e excessivas gerando diferentes interpretações. Uma das principais armadilhas é a responsabilidade trabalhista ao se terceirizar umproduto. Outro problema é saber até que ponto o terceirista garantirá o produto produzido em suas dependências pois tudo depende dos componentes que ele recebe do seu cliente ,e pelos quais o cliente deverá se responsabilizar. No caso de o terceirista oferecer o serviço no estilo Full Service, isto é dando tudo menos a marca do produto (em alguns casos até a marca é alocada com exclusividade para um determinado cliente sujeitando o mesmo a um consumo mínimo para permanecer dono no mercado da referida marca) neste caso, o terceirista deverá assumir a total responsabilidade até o consumo final do produto, e também diante do Código do Consumidor. Em geral este não é o caminho pois a firma cliente não quer perder o controle, e assim sendo ela acaba se responsabilizando pelo produto, ficando o terceirista responsável apenas pelas boas práticas de manufatura, peso e volume corretos, e relatórios de início meio e fim de cada produção.
Para se terceirizar um produto há várias pré-condições entre elas estabelecer a parte legal de registro, estudar a viabilidade, ver se o produto já existe sob embalagem tradicional não aerossol e neste caso adaptar a fórmula para aerossol o que pode significar a mudança completa da mesma, a firma também exige que os engenheiros da empresa cliente se interessem pela parte científica do empreendimento, pois devem tentar se empenhar no processo para poder compreende-lo e assumir uma parte da responsabilidade do processo. Isto é determinado em um contrato de serviços onde é indicado onde começa e onde acaba a responsabilidade de cada uma das partes.
Tentar “encuralar” o mercado só porque se é dono de uma tecnologia, nunca deu certo para pequenas empresas. Isto apenas deu certo para grandes grupos empresariais que conseguem impor marcas, embalagem, e estabelecer hábitos de uso. Colocar um produto no mercado é tão difícil como fabrica-lo, ou talvez ainda mais e exige grande dedicação, equipes de grande porte e grande investimento de capital. Certamente não é o caminho mais confortável para se agir.
Os clientes em geral querem os menores lotes possíveis, entrega encima da hora ou seja o Just In Time, prazos longos de pagamento, e o máximo de garantia possível para o produto final mesmo que eles tenham dado a fórmula ou tenham mandado o produto para apenas envasar. Há uma tendência de fugir da responsabilidade em relação ao produto e o segundo e terceiro escalão das firmas em geral tende a culpar o terceiro pelo insucesso do produto, pois esta é a maneira mais confortável de salvar a própria pele. Um contrato de serviço muito refinado deve ser negociado com cada um dos clientes e para cada um dos produtos pois pode ter enorme diferença de produto a produto. No exterior muitos paises legislaram sobre esta situação e existem contratos modelo prontos para serem assinados. Escritórios de advocacia se especializaram em cuidar de causas de litígio em volta de envasamento de aerossóis.
Prestar serviços para o próprio concorrente, quando o cliente é um concorrente de verdade, ele sabe do que está falando e as limitações e exigências para cada produto, o que torna a coisa mais fácil. Prestar serviços para alguém que está tentando entrar no mercado ignorando quase tudo sobre o mesmo é a atividade mais difícil, pois se deve explicar cada pequeno pormenor o que onera a operação.
A maioria dos clientes escolheu a firma para terceirizar justamente porque ela está bem colocada no mercado, e demonstra possuir a tecnologia necessária para produzir o que eles querem. Alguns dos clientes, até colocam isto como pré-condição antes de escolher o envasador.
O objetivo da terceirização na Aerojet não é apenas financeiro, mas tem fundo acadêmico, serve para treinar as próprias equipes, diluir custos, criar fama no mercado, e ser relacionar com as diretorias de grandes corporações tendo como resultado a tramitação de novas tecnologias, e a antecipação de lançamentos no mercado internacional e outros resultados intangíveis.
A firma desenvolve produtos novos sem parar, mesmo que não haja encomenda para eles, ou não sejam lançados de imediato. São chamados produtos prontos "de prateleira" assim estará pronta para aproveitar oportunidades. Os clientes em geral ficam dependentes da consultoria do envasador para dar o acabamento final aos seus produtos. Em casos raros (Gillette) o cliente já vem com a tecnologia desenvolvida.
A missão da Aerojet em poucas palavras é: "Produtos melhores para viver melhor, através dos aerossóis". Também pode ser incluído como missão perseguir o objetivo de colocar no mercado produtos cada vez mais responsáveis em relação ao meio ambiente, e investir nas pessoas visando não espremer lucros delas como alias acontece na maioria das corporações competitivas de hoje, mas vislumbrando o elemento humano, pois sem pessoas nada disso estaria aqui, as riquezas não existem sem pessoas, e a qualidade das pessoas determina o proveito que se pode tirar das riquezas produzidas.
A observação final é que todo o setor e toda a atividade podem ser realizadores desde que as pessoas criem foco, aprendam a amar o que estão fazendo , e não percam o rumo , isto é por exemplo não tornem o lucro seu alvo, mas como foi dito "viver melhor" criar satisfação, criar valor agregado ao produto e qualidade. Não seremos lembrados pelo nosso saldo bancário, mas certamente podemos deixar nossa marca se pudermos influir de forma positiva e construtiva na vida dos outros. Produtos industrializados, não só os aerossóis, são objetos que convivem conosco e passam a fazer parte de nosso dia a dia, é importante que eles sejam honestos, ter o preço justo, façam o que se propõe a fazer, e facilitem a nossa vida, de outra maneira perdem a sua razão de ser, e passam a ser apenas um modismo passageiro.
Um dos fatores principais de trabalhar para terceiros, sendo estes concorrentes, é que se a nossa firma não fizer, outro vai fazer, de forma que é melhor que este movimento financeiro fique conosco do que acabe caindo em outra empresa.


Avaliação dos contratantes.

A pesquisa foi realizada com a participação de 14 que em médias tem uma parceria de mais de 10 anos com Aerojet, estas empresas fizeram suas avaliações, conforme a pesquisa no Apêndice B, cuja resposta poderemos observar nos gráficos abaixo.
Está pesquisa serviu para observamos o desempenho da empresa Aerojet perante os seus clientes e a satisfação dos mesmos, que ao visto teve um percentual bastante favorável em diversos requisitos da avaliação. A pesquisa foi muito importante, pois dá uma visão dos diferencias da empresa Aerojet.
Foi feita a pergunta “como você avalia a Aerojet em relação?”, e em média, o percentual de avaliação apontou a empresa como uma boa prestadora de serviços.
No requisito “Rapidez”, a empresa teve o seu melhor percentual como sendo bom, 50% dos clientes. E referente ao requisito “Prazo de Pagamento”, a empresa obteve um percentual de 7% como sendo péssimo, a Aerojet se justificou dizendo que também tem prazos com seus fornecedores.

Foi feita a pergunta para os clientes: “por que escolheu terceirizar seus produtos?”, esta pergunta auxiliou no na identificação das necessidades dos clientes, demonstrando o porque procurar a terceirização como uma melhora em seus negócios.
No requisito “buscando diminuir os custos” a empresa obteve o percentual de 43%, mas na realidade o que muitas empresas buscam é a redução de seus custos, por isso cabe a empresa terceirista buscar melhor preço para os clientes.
A nessa pergunta deixamos uma resposta opcional para que o cliente pudesse identificar o requisito de sua empresa, e 7% disseram que o “relacionamento comercial estruturado na antiga gestão comercial e desenvolvimento”, que influenciou na escolha de terceirizar seus produtos.

Foi elaborado com a formulação da pergunta “por que escolheu a Aerojet?”, e o requisito “Qualidade” foi o mais destacado com 36% de aprovação pelos clientes, e qualidades hoje é um dos maiores diferenciais que uma empresa deve ter, é um grande atrativo no mercado.


CONCLUSÃO

A terceirização pode ser de grande valia para empresas que tentem maquinário, espaço, tempo e capacitação tecnológica para poder se responsabilizar em prestar o serviço de ser terceirista e para tanto deve esta preparado para poder atender todas as exigências dos contratantes.
Estar preparado para uma mudança na empresa, referente a um possível choque de cultura, pode fazer com que o negócio não seja bem sucedido, mas estando preparado para a competitividade e as ameaças, assim como no próprio produto da empresa, a terceirização poderá ser um aliado, tanto na troca de informações entre empresas como também entre um forte laço de parceria, já que trocar de terceirista não e como parar de comprar em outra padaria. Na terceirização tem que existir um compromisso sério, assim como na fabricação de um produto próprio.
O terceirista deve se estar atendo as mudanças globais e no que o mercado vem exigindo, olhando sempre para o micro e macro ambiente. Saber gerir o negócio não só com o capitalismo, mas também com o lado humano, fazendo das pessoas os maiores colaboradores para o sucesso da organização.
Para prestar um serviço de terceirização a organização não deve ser só um terceirista, mas também deve ser um consultor que auxilia o cliente no desenvolvimento do produto, devido a sua experiência no mercado, sendo holístico nas contingências que poderão surgir no futuro, e assim ter sempre o cliente fidelizado.
Perceber qual é a hora de prestar um serviço de terceirização é ter “em mãos”, pessoas qualificadas, capacidade para produzir, fornecedores e pessoal capacitado e comprometido. Pois com a globalização muitas empresas multinacionais podem estar precisando de um terceirista, para poderem ser um parceiro na produção de seus produtos, basta o terceirista estar preparado para gerir mais esse desafio.

2 comentários:

Fabiano disse...

Oi, Rosimere.
se entendi bem me parece que vc fez sua monografia baseado nos interesses da tercerização.Eu sou maquiador,atuante na cidade de B.H,MG. E tenho um grande interesse em ter uma linha de maquiagem com meu rotulo,mas sem possibilidade nenhuma de gerar meu proprio produto.Você indicaria alguma industria que de repente vc encontrou duarante suas pesquisas para me indicar.Seria uma produção de pequena escala.
Abraços
Atenciosamente,
fabianorvieira@yahoo.com.br

Unknown disse...

Rosimere, tudo bom? muito legal sua pesquisa sobre Terceirização de Produtos. Gostaria muito de montar uma empresa de pequeno porte para fabricação de linhas produtos profissionais (Shampoo, condicionadores e etc.) porém existe a dificldade de encontrar um Terceirizado que fabrique pequena quantidade.
Se puder me ajudar a indicar um terceiro (RJ ou Baixada)que esteja totalmente legalizado pela ANVISA e que possa produzir em pequena escala, facilitaria muito o meu ingresso na área de Cosmético.
Abraços,
elisabhethe@yahoo.com.br